Entender a área construída de um imóvel é essencial para qualquer proprietário ou potencial comprador. Este conceito não só influencia o valor de mercado do imóvel, mas também está ligado a impostos, regulamentações legais e o conforto da família.
Neste artigo, vamos explorar o que é a área construída, como calculá-la, a diferença entre outros tipos de áreas, e a importância de se atentar a esses detalhes na compra ou reforma de um imóvel. Confira!
A área construída é a soma de todas as áreas cobertas de um imóvel, englobando todos os pisos de uma edificação, incluindo andares superiores e subsolos.
Esta métrica é crucial para diversas finalidades, como o cálculo de impostos, a aprovação de projetos na prefeitura, e a valorização do imóvel no mercado imobiliário.
Entender o que é contabilizado como área construída ajuda a evitar surpresas desagradáveis e a garantir que todas as regulamentações sejam seguidas.
Para ser considerada área construída, a parte do imóvel deve estar coberta e fechada, independentemente do uso. Isso inclui salas, quartos, banheiros, cozinhas, corredores, garagens cobertas, varandas fechadas, e áreas de serviço cobertas.
Mesmo áreas que não são utilizadas para moradia, como sótãos ou porões, são contabilizadas, desde que estejam cobertas. Este entendimento é essencial para quem está construindo ou reformando, pois ajuda a manter o controle sobre os custos e a conformidade com as normas legais.
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Áreas descobertas, como jardins, quintais, terraços abertos e áreas de lazer externas, não são consideradas área construída. Beirais, por exemplo, embora façam parte da estrutura, não entram no cálculo de área construída.
Essa distinção é importante para o planejamento do espaço e para garantir que não haja excessos ou omissões na documentação do imóvel.
O vão de escada é contabilizado como área construída. Isso inclui tanto as escadas internas quanto externas que estão cobertas. A área do vão de escada contribui para o total da área construída, refletindo a totalidade do espaço coberto disponível no imóvel.
Para quem está planejando um projeto arquitetônico, essa inclusão é crucial para calcular corretamente a área total do imóvel e cumprir com as exigências legais.
As varandas cobertas são consideradas área construída, enquanto varandas abertas não são. Se a varanda for fechada com vidro ou qualquer outro material, ela passa a ser incluída na área construída.
Este detalhe é relevante tanto para a valorização do imóvel quanto para o cálculo de impostos e a aprovação de projetos. Planejar uma varanda coberta pode aumentar a área construída, o que pode ser um diferencial na hora da venda ou locação do imóvel.
A área útil refere-se à área interna do imóvel, ou seja, aquela que pode ser efetivamente utilizada pelos moradores, excluindo paredes, pilares, e outras estruturas que não sejam úteis para a ocupação.
Já a área construída inclui todas as partes cobertas do imóvel, abrangendo também as áreas que não são habitáveis, como paredes e áreas técnicas. Entender essa diferença ajuda a avaliar melhor o espaço disponível para uso e a planejar a decoração e o mobiliário do imóvel.
A área total de um imóvel inclui todas as áreas construídas e não construídas do terreno. Isso engloba a área construída, áreas verdes, piscinas, garagens descobertas, e qualquer outro espaço dentro do perímetro do terreno.
Enquanto a área construída é focada nas partes cobertas do imóvel, a área total oferece uma visão completa do espaço disponível, o que é vital para projetos de jardinagem, paisagismo e lazer.
A área computável é uma métrica utilizada principalmente na aprovação de projetos junto à prefeitura e refere-se à soma das áreas que podem ser computadas para fins de legislação de uso e ocupação do solo.
Nem todas as áreas construídas são computáveis; varandas e áreas técnicas podem não ser computadas, dependendo das normas municipais. Essa distinção é crucial para garantir que o projeto do imóvel esteja em conformidade com as regulamentações urbanísticas.
Para calcular a área construída, é necessário somar todas as áreas cobertas do imóvel, incluindo todos os pavimentos. Isso deve ser feito de acordo com as normas técnicas e os critérios estabelecidos pela prefeitura local.
A medição precisa considerar as áreas horizontais, e deve ser realizada com precisão para evitar problemas legais e financeiros. Muitas vezes, é aconselhável contratar um arquiteto ou engenheiro para realizar essa medição de forma correta e conforme as normas vigentes.
Imagine que você tem uma casa de dois andares. No primeiro andar, há uma sala de estar, cozinha, banheiro e uma garagem. No segundo andar, há três quartos e dois banheiros. A área de cada cômodo é a seguinte:
Primeiro andar:
Segundo andar:
Para calcular a área construída, você deve somar todas essas áreas. Começando pelo primeiro andar:
A soma das áreas do primeiro andar é: 20 + 15 + 5 + 25 = 65 m²
Agora, somando as áreas do segundo andar:
A soma das áreas do segundo andar é: 12 + 10 + 15 + 5 + 4 = 46 m²
Portanto, a área construída total da casa é a soma das áreas dos dois andares: 65 m² (primeiro andar) + 46 m² (segundo andar) = 111 m².
Calcular corretamente a área construída é vital para evitar multas e complicações legais. Um cálculo inadequado pode resultar em pagamentos excessivos de impostos ou dificuldades na aprovação de projetos e reformas.
Além disso, a área construída impacta diretamente no valor de mercado do imóvel, influenciando avaliações e negociações. Para proprietários e compradores, garantir que esses cálculos sejam precisos é uma medida de segurança e valorização do patrimônio.
A área construída é um dos principais fatores na determinação do valor de um imóvel. Imóveis com maior área construída tendem a ser mais valorizados, pois oferecem mais espaço habitável e utilidades.
No mercado imobiliário, a metragem da área construída é uma das primeiras informações avaliadas por compradores e investidores, sendo um indicador da potencial rentabilidade do imóvel. Além disso, a área construída influencia na decisão de compra, especialmente para famílias que buscam mais espaço.
Os documentos necessários para calcular a área construída incluem plantas baixas do imóvel, alvarás de construção, e documentos de aprovação de projetos junto à prefeitura. Esses documentos fornecem as informações detalhadas sobre a estrutura do imóvel e suas dimensões.
Ter esses documentos atualizados e devidamente registrados é essencial para um cálculo preciso e legalmente válido da área construída. A falta desses documentos pode dificultar o processo de regularização e avaliação do imóvel.
A área construída é um dos fatores utilizados para calcular o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Quanto maior a área construída, maior pode ser o valor do imposto a ser pago.
É fundamental que a área construída esteja corretamente registrada na prefeitura para evitar cobranças indevidas ou subestimação do valor do imóvel.
Proprietários devem ficar atentos às atualizações na área construída, como reformas e ampliações, para manter o cálculo do IPTU em conformidade com a realidade do imóvel.
Saiba mais: Quem paga o IPTU do imóvel alugado: inquilino ou proprietário?
A área construída é um dos principais critérios avaliados na aprovação de projetos pela prefeitura. Projetos que excedam os limites de área construída permitidos pela legislação local podem ser rejeitados ou exigir adaptações.
Garantir que o projeto do imóvel esteja dentro dos parâmetros legais de área construída é crucial para evitar atrasos e custos adicionais. Consultar um profissional de arquitetura ou engenharia pode ajudar a garantir que o projeto atenda todas as exigências regulamentares.
Para regularizar a área construída no cartório, é necessário apresentar a planta do imóvel aprovada pela prefeitura, o alvará de construção e, se for o caso, o habite-se. Esses documentos devem estar em conformidade com a realidade do imóvel.
A regularização no cartório assegura que a área construída está oficialmente registrada, o que é essencial para transações de compra e venda, financiamentos e heranças. Regularizar a área construída evita problemas legais futuros e garante a valorização do imóvel.
A área construída é um dos fatores considerados pelas instituições financeiras ao avaliar um imóvel para financiamento. Imóveis com maior área construída podem obter valores de financiamento mais elevados, pois são considerados de maior valor.
A precisão na documentação da área construída é essencial para evitar problemas durante a avaliação bancária e garantir que o financiamento seja aprovado sem complicações. Um cálculo correto e bem documentado da área construída facilita a obtenção de crédito imobiliário.
Ao comprar um imóvel, é fundamental verificar a área construída registrada e compará-la com a planta do imóvel. Certifique-se de que todas as áreas construídas estão devidamente documentadas e aprovadas pela prefeitura.
Verificar a conformidade entre a documentação e a realidade do imóvel ajuda a evitar problemas legais e financeiros. Além disso, considerar a área construída ajuda a avaliar se o imóvel atende às necessidades da família e se está dentro do orçamento planejado.
As regulamentações legais sobre área construída variam de acordo com a legislação municipal e estadual. É importante consultar as leis de uso e ocupação do solo da prefeitura local para entender os limites e exigências para a área construída.
As normas podem incluir restrições sobre a porcentagem do terreno que pode ser construída, a altura máxima dos edifícios e os recursos obrigatórios.
As regulamentações sobre área construída em São Paulo, por exemplo, são estabelecidas pelo Plano Diretor Estratégico (PDE), Código de Obras e Edificações (COE), e Código de Zoneamento. O PDE define diretrizes gerais para o desenvolvimento urbano, incluindo coeficiente de aproveitamento e taxas de ocupação.
O COE regula aspectos técnicos das construções, como taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, recuos e altura máxima. O Código de Zoneamento determina o uso do solo em diferentes zonas, com regras específicas para áreas residenciais, comerciais e mistas.
Para construir ou ampliar imóveis, é necessário obter aprovações da Prefeitura e garantir conformidade com as normas para evitar problemas fiscais e garantir o correto cálculo do IPTU. A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) fiscaliza o cumprimento dessas regulamentações.
Estar ciente dessas regulamentações é essencial para garantir que o imóvel esteja em conformidade com as leis e evitar penalidades.
Saiba mais: Entenda o Plano Diretor de São Paulo e suas mudanças no mercado imobiliário.
Compreender o conceito de área construída e sua aplicação é fundamental para proprietários e compradores de imóveis. Este conhecimento não só ajuda a evitar problemas legais e financeiros, mas também garante uma melhor valorização do patrimônio.
A precisão no cálculo da área construída e a conformidade com as regulamentações legais são passos essenciais para qualquer transação imobiliária bem-sucedida.
Ao considerar a compra, venda ou reforma de um imóvel, é crucial estar bem informado sobre todos os aspectos da área construída para tomar decisões seguras e assertivas.
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