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Locador e locatário: papéis, responsabilidades e garantias no contrato de aluguel

02 de maio / AiLari

Buscar o imóvel ideal para morar com a família é uma jornada cheia de expectativas — especialmente para quem está saindo do aluguel ou considerando novas opções de moradia.

Mas, antes de assinar um contrato ou fechar negócio, entender o que significa ser locador e locatário, quais são suas responsabilidades e como funcionam as garantias contratuais é fundamental para que tudo ocorra de forma segura e tranquila.

Neste artigo, vamos explicar com clareza o que representam os papéis de locador e locatário, os direitos e deveres de cada parte segundo a Lei do Inquilinato, e os cuidados essenciais na hora de firmar um contrato de locação de imóvel. Quer saber mais? Leia a seguir!

O que significam os termos locador e locatário?

A dúvida é comum: quem é o locador e quem é o locatário? E a resposta é bem direta. O locador é quem oferece o imóvel para locação — ou seja, o proprietário do imóvel ou seu representante legal. 

Já o locatário é quem aluga o imóvel para morar ou utilizar de acordo com as condições acordadas no contrato. Ambos podem ser pessoas físicas ou jurídicas, dependendo da situação.

No dia a dia, a gente costuma usar o termo “inquilino” para se referir ao locatário, e isso não está errado. Mas, juridicamente falando, o termo locatário é o mais apropriado e o que aparece nos contratos e na legislação.

imóveis grupo lar

Quais são os direitos e deveres do locador e do locatário?

De acordo com a Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91), locador e locatário têm responsabilidades claras. Entre os principais deveres do locador estão entregar o imóvel em condições de uso, manter sua estrutura em bom estado, responder por vícios ou defeitos anteriores à locação e garantir a posse pacífica do bem ao locatário. 

Já o locatário deve pagar pontualmente o aluguel e encargos, zelar pelo imóvel, devolver nas condições em que recebeu (salvo deteriorações naturais) e permitir vistorias quando necessário.

Essa relação é construída em cima do princípio da boa-fé, e o descumprimento de qualquer cláusula contratual pode gerar penalidades legais, como multas, rescisão contratual e até ações judiciais. Por isso, entender os papéis de locador e locatário: direitos e deveres é essencial para uma convivência justa e sem surpresas.

Como a Lei do Inquilinato regula a relação entre locador e locatário?

A Lei do Inquilinato é a principal referência jurídica para contratos de aluguel no Brasil. Ela determina os deveres, direitos e prazos, além de prever mecanismos de renovação, despejo, garantias, reajuste e rescisão contratual. 

Entender essa legislação — ou contar com o suporte de profissionais especializados — é uma forma de se proteger e evitar prejuízos. 

Leia mais: Lei do Inquilinato: direitos, deveres e legislação

Como preencher corretamente um contrato de locação?

casal visitando apartamento com corretora de imóveis sorridente.

Um bom contrato de locação de imóvel é aquele que deixa tudo claro e documentado. Ele deve conter a identificação completa de locador e locatário, prazo da locação, valor do aluguel, forma de reajuste, responsabilidades de cada parte, tipo de garantia, e penalidades em caso de inadimplemento

É essencial que o contrato seja feito por escrito, com testemunhas, e que ambas as partes tenham cópias assinadas.

Se você está se perguntando como preencher um contrato de locação, a dica é contar com apoio jurídico ou de uma imobiliária confiável. Isso evita que cláusulas importantes sejam deixadas de fora e ajuda a personalizar o documento conforme a realidade das partes.

O que é o objeto de locação em um contrato?

O objeto de locação é, basicamente, o imóvel em si — o bem que está sendo disponibilizado para uso do locatário. 

Esse item deve ser descrito com detalhes no contrato: endereço completo, características do imóvel (número de cômodos, área útil, estado de conservação), e tudo mais que envolva a entrega do imóvel. 

Essa descrição é importante porque funciona como referência na hora da vistoria de entrada e, mais tarde, no momento da devolução.

O que é um fiador e quais são seus requisitos?

O fiador é uma pessoa que se compromete a arcar com a dívida caso o locatário não pague o aluguel ou encargos. Essa pessoa precisa comprovar renda suficiente e, na maioria dos casos, possuir um imóvel quitado em seu nome. 

A vantagem para o locatário é que essa opção não gera custo direto. Por outro lado, é cada vez mais difícil encontrar alguém disposto a assumir essa responsabilidade.

Por que é essencial conhecer os termos do contrato antes de assiná-lo?

Conhecer os termos do contrato antes de assiná-lo é fundamental para garantir uma locação segura e evitar prejuízos. O contrato define os direitos e deveres de locador e locatário, além de cláusulas sobre valores, garantias, reajustes e responsabilidades. 

Sem essa leitura atenta, podem surgir surpresas, como custos indevidos ou obrigações mal compreendidas. Entender o contrato permite negociar condições, identificar cláusulas abusivas e assegurar uma relação equilibrada e transparente entre as partes.

Quais são as garantias locatícias disponíveis e como funcionam?

Para proteger o locador contra eventuais inadimplências, o contrato de locação de imóvel costuma exigir uma garantia. 

Isso significa que o locatário precisa apresentar alguma forma de assegurar que os pagamentos serão cumpridos mesmo em caso de imprevistos. Existem três formas principais de garantia: fiador, caução e seguro-fiança.

Caução 

A caução é uma alternativa prática e bastante comum. Funciona como um depósito em dinheiro equivalente a até três meses de aluguel, feito em conta poupança conjunta entre locador e locatário. 

Esse valor fica retido durante a vigência do contrato e pode ser usado ao final para quitar pendências, caso haja alguma inadimplência ou dano ao imóvel. Se estiver tudo certo, a caução é devolvida com correção monetária.

Seguro-fiança

O seguro-fiança é contratado por meio de uma seguradora e oferece cobertura ao locador em caso de inadimplência. Quem paga esse seguro é o locatário, geralmente com custo mensal ou anual. 

Entre as vantagens, estão a agilidade na aprovação do contrato e a dispensa da necessidade de fiador ou caução. 

Leia mais: Aluguel garantido: segurança financeira para proprietários e inquilinos

Quais cuidados tomar ao escolher um fiador ou outra garantia locatícia?

Escolher uma garantia locatícia é uma decisão que exige atenção. Se for optar por um fiador, certifique-se de que ele atenda aos critérios legais e esteja ciente das obrigações. No caso da caução ou seguro-fiança, pesquise as condições, taxas e cobertura. 

Avaliar a reputação da imobiliária ou da construtora também é parte fundamental do processo — e nesse ponto, empresas como o Grupo Lar se destacam pela transparência e seriedade nas negociações.

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Quais são as despesas ordinárias e extraordinárias em um condomínio?

Em contratos de locação em imóveis em condomínio, as despesas coletivas são divididas em dois grupos: ordinárias e extraordinárias. 

As ordinárias são aquelas que dizem respeito à manutenção cotidiana da estrutura, como limpeza, salários de funcionários, consumo de água e energia nas áreas comuns, pequenas manutenções, jardinagem, entre outros.

Já as despesas extraordinárias são aquelas que envolvem reformas estruturais, melhorias nas áreas comuns, aquisição de novos equipamentos, fundo de obra ou indenizações trabalhistas. A distinção entre elas é importante porque define quem é responsável por cada tipo de despesa.

Quem é responsável pelo pagamento das despesas ordinárias do condomínio?

De acordo com a Lei do Inquilinato, o locatário é quem arca com as despesas ordinárias. Afinal, são custos que fazem parte do uso cotidiano do imóvel e das áreas comuns. Isso vale inclusive para taxas de manutenção que já estiverem em curso antes da assinatura do contrato, desde que haja previsão expressa.

Quem deve arcar com as despesas extraordinárias do condomínio?

Já as despesas extraordinárias são de responsabilidade do locador. Como se referem a melhorias duradouras ou reestruturações que valorizam o imóvel, não devem ser cobradas do inquilino. Essa separação evita conflitos e deve ser reforçada no contrato para que as obrigações fiquem claras desde o início.

Quais são as consequências do descumprimento das obrigações contratuais?

Quando locador ou locatário descumprem o contrato, as penalidades variam conforme o que foi acordado e os prejuízos causados. O não pagamento do aluguel, por exemplo, pode levar à ação de despejo e cobrança judicial

Já no caso do locador, a negligência na manutenção do imóvel pode gerar rescisão antecipada sem multa e até indenizações. Por isso, é fundamental que ambas as partes honrem seus compromissos e mantenham um diálogo claro ao longo do contrato.

Como resolver conflitos entre locador e locatário de forma amigável?

Antes de buscar a via judicial, a melhor forma de resolver qualquer conflito é por meio do diálogo. Muitas vezes, uma conversa transparente já basta para encontrar soluções que beneficiem ambos. E quando o impasse persiste, a mediação extrajudicial pode ser uma alternativa mais rápida, econômica e eficaz.

Como a definição clara de responsabilidades evita problemas futuros?

 

Um contrato de locação de imóvel bem estruturado deve distribuir responsabilidades de forma objetiva. Isso inclui desde o pagamento das contas até a manutenção de equipamentos e áreas comuns. Quando cada parte sabe o que precisa fazer, as chances de conflito reduzem drasticamente e a relação se torna mais fluida e profissional.

Conclusão

Entender os papéis de locador e locatário é muito mais do que conhecer termos técnicos: é garantir que a negociação de um contrato de locação de imóvel aconteça de forma segura, equilibrada e transparente. 

Seja você o proprietário que deseja alugar seu imóvel, saber exatamente o que esperar de cada parte e quais são as obrigações de todos os envolvidos é o que faz a diferença entre um bom negócio e um grande problema.

Aproveite este conhecimento para fazer escolhas mais conscientes e transformar a experiência do aluguel em um passo seguro rumo à realização dos seus planos.

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